Ele oferecia empréstimos a juros baixos. Alegava que papéis em branco eram notas ocultas, que deveriam ser mergulhadas em um produto químico, com notas verdadeiras, para que fossem reveladas. E assim recebia grande quantia das vítimas.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou uma ação contra um estelionatário, de 49 anos, responsável por aplicar o chamado “golpe do dinheiro preto” e gerar prejuízo de mais de R$ 1 milhão às vítimas, moradores de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A operação ocorreu em São Paulo (capital).
Durante a ação, foram apreendidos R$ 153 mil, 19 relógios, um carro, diversos celulares e tablets. A PCPR chegou até o indivíduo após investigações de alta complexidade e solicitou o mandado de prisão preventiva contra ele, que não foi localizado até o momento. As investigações prosseguem com o intuito de encontrá-lo.
Na ação, o estelionatário se apresentava às vítimas como francês e oferecia uma quantia em dinheiro a título de empréstimo, com juros baixos, afirmando ser uma operação através de “notas protegidas”.
As “notas protegidas” eram notas brancas. O suspeito afirmava que elas estariam “ocultas” para que não fosse necessária a contratação de um carro forte, ou para não atrair a atenção de ladrões.
Segundo o indivíduo, as notas precisariam ainda ser mergulhadas em determinado líquido, com uma nota comum, para que uma reação química acontecesse, revelando os demais elementos do dinheiro ocultado até então.
Duas vítimas de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, entregaram mais de R$ 1 milhão em espécie para que as notas fossem utilizadas na transformação. O dinheiro seria dado a elas em um empréstimo, posteriormente.
Após aplicar o golpe, o homem fugiu. Ele poderá responder por estelionato e falsa identidade.
A PCPR solicita a colaboração da sociedade com informações que auxiliem na localização dos procurados. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197 da PCPR, 181 Disque Denúncia ou pelo (41) 3608-7200, diretamente à equipe de investigação.
AEN