Detecção precoce envolve o diagnóstico e o rastreamento da doença. Houve queda de procedimentos na comparação de 2019 e 2020. São exemplos a mamografia, exames citopatológico do colo do útero e próstata.
A Secretaria estadual da Saúde alerta sobre a importância da detecção precoce de todas as formas de câncer e informa que a busca pelos serviços apresenta redução durante a pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce envolve o diagnóstico e o rastreamento da doença.
“A Secretaria tem buscado orientações em vários momentos da pandemia a fim de apoiar os gestores para oportunizarem o acesso da população à detecção precoce, com garantia de proteção dos usuários e profissionais, considerando o contexto epidemiológico local”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto.
Segundo ele, diante da heterogeneidade da pandemia no Estado, é possível observar regiões onde houve maior ou menor impacto em procedimentos de saúde, comparando os anos de 2019 e 2020.
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Como exemplos, tanto a mamografia de rastreamento, quanto o exame citopatológico do colo do útero tiveram redução de 48% entre 2019 e 2020. Em 2019 foram registradas 323.675 mamografias para rastreamento e, em 2020, 168.315. Foram 518.891 exames em 2019 e em 2020 o painel da produção ambulatorial apontou 268.725.
“São exames bastante conhecidos das mulheres e imprescindíveis nos programas de rastreamento e diretrizes recomendadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Ministério da Saúde, quanto à faixa etária e periodicidade”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria, Maria Goretti David Lopes.
A diretora destacou, ainda, que a Carteira de Saúde da Mulher, disponível em todos os municípios, é utilizada para registrar a realização destes exames e servir como documento orientador para os profissionais e para a mulher.
A mamografia deve ser realizada a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos. Fora da faixa etária e periodicidade, o exame é recomendado somente para mulheres com sinais ou sintomas de câncer de mama. Já o exame citopatológico do colo do útero deve ser feito em mulheres de 25 a 64 anos com atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada três anos.
Em relação ao diagnóstico de câncer, segundo dados do Painel de Oncologia, houve redução de 4,91% de neoplasia maligna do colo do útero e 2,55% na neoplasia maligna da mama, também de 2019 para 2020.
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PRÓSTATA –O número mais expressivo de redução é no diagnóstico de câncer de próstata. Em 2019, de acordo com o Painel de Oncologia, foram registrados 2.541 casos deste tipo de câncer no Paraná e, em 2020, foram 1.759, uma diferença de mais de 30%.
A recomendação da Secretaria da Saúde é para que a busca por diagnóstico e tratamento não pare durante a pandemia. O câncer tem grande incidência e prevalência entre as doenças crônicas e o diagnóstico precoce pode salvar vidas.
A Secretaria reforça que os atendimentos relacionados ao câncer, como exames, cirurgias e quimioterapias não foram interrompidos com a Covid-19.
“A Saúde pública orienta para que durante a pandemia as pessoas fiquem mais em casa, mas os cuidados com a saúde, como o agendamento de exames e vacinação, devem ser mantidos. Estes cuidados devem ser diários e permanentes”, destacou Maria Goretti.
SINAIS – A Divisão de Prevenção e Controle de Doenças Crônicas e Tabagismo da Secretaria da Saúde orienta para que as pessoas estejam atentas aos sinais e sintomas do corpo e que procurem atendimento na rede de saúde para avaliação e exames complementares para investigação diagnóstica.
“Como exemplos de sinais de alerta podemos citar nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos, perda de peso não intencional, sangramento retal, diminuição do jato de urina, presença de sangue na urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, placas vermelhas esbranquiçadas na língua e gengivas, aparecimento de pinta escura de bordas irregulares, acompanhada de coceira e descamação, aparecimento de ferida que não cicatriza em até quatro semanas”, relatou a chefe da Divisão, Rejane Tabuti.
“Em se tratando de crianças e adolescentes, febre, emagrecimento, palidez cutâneo-mucosa, sangramentos anormais sem causa definida, dor generalizada, aumento de gânglios linfáticos, no pescoço, axila ou virilha”, acrescentou Rejane.
FONTE: AEN