Araucária tem o primeiro caso confirmado da monkeypox, a doença também conhecida como varíola do macaco. A confirmação foi neste final de semana e a vigilância epidemiológica informa que se trata de um adulto que já está em isolamento e recebendo todo o atendimento e acompanhamento necessário por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Além desse caso confirmado, Araucária tem mais 2 casos descartados e 2 casos em investigação. As autoridades sanitárias afirmam que não há motivos para que a população tenha pânico diante desta confirmação, pois a doença não é letal. Porém, é fundamental ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico caso apresente algum sinal ou sintoma da doença.
“Com esse caso confirmado, estamos em um outro patamar de medidas de enfrentamento. Faremos uma nova capacitação para as equipes e iremos reforçar as orientações para os serviços de saúde públicos e privados. Também seguiremos informando a população sobre as alterações no cenário epidemiológico”, afirma a SMSA.
A monkeypox é uma doença viral transmitida de animais para humanos e também entre humanos infectados. Em Araucária, pacientes com sintomas característicos da doença podem ser atendidos, inicialmente, nas Unidades de Saúde, Ambulatórios Particulares, Unidades de Pronto Atendimento como a UPA ou em hospitais, públicos ou privados. Caso a suspeita se confirme é necessário notificar, imediatamente, a Vigilância Epidemiológica, isolar o paciente durante o atendimento e solicitar exames específicos. O médico deverá ainda fornecer atestado para 10 dias devendo reavaliar o paciente após o resultado dos exames.
Além disso, é necessário fazer o isolamento domiciliar. A SMSA fará o monitoramento e acompanhamento diário para atentar aos sinais de gravidade, especialmente para os grupos de risco que são gestantes, crianças menores de oito anos e imunossuprimidos.
Clínicas e profissionais de saúde do setor privado, que tenham dúvidas a respeito desse fluxo podem entrar em contato pelo telefone 3614.7763 ou pelo plantão da epidemiologia 99922.1548 para esclarecimentos.
Transmissão e Prevenção
Contato direto com lesões de pele de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos contaminados. A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado. A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele.
A Organização Mundial de Saúde orienta abstenção de atividade sexual durante toda a evolução da doença devido à proximidade ocorrida na relação íntima, e sugere o uso de preservativo em atividade sexual (oral, vaginal, anal) por 12 semanas após a recuperação. A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele, e a população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de máscara e higienização das mãos.
Sintomas associados
Febre, adenomegalia, cefaleia (dor de cabeça), mialgia, calafrios, astenia. Erupções cutâneas iniciam em uma parte do corpo (face, membros, tronco, incluindo região genital) e no decorrer dos próximos dias podem se disseminar ou aparecer em outras partes do corpo. A erupção passa por diferentes estágios e pode ser semelhante com as lesões de varicela ou sífilis, evoluindo para a formação de crostas, que depois caem.
Tratamento
Deve ser realizado tratamento conservador das lesões dependendo do estágio com o objetivo de aliviar o desconforto e prevenir complicações. As lesões devem ser monitoradas para infecção bacteriana secundária e, se presentes, tratadas com antibióticos.
Com informações SMSA