Um ano após a morte da fiscal de caixa do Condor da BR em Araucária Sandra Maria Aparecida Ribeiro família ainda pede justiça.
Na tarde de ontem (28), familiares e amigos de Sandra realizaram um protesto na margina da BR-476 (Rodovia do Xisto) em frente ao Hipermercado Condor, onde Sandra trabalha e local onde foi morta.
Relembrando o caso, no dia 28 de abril de 2020 no interior do Hipermercado Condor houve uma discussão, onde o cliente se recusou a usar a máscara, já obrigatória na época, onde então foi alertado por um funcionário do local e fiscal da loja, que o cliente não poderia entrar no local sem o uso da máscara. O cliente então reagiu e um segurança da loja teve que intervir na situação.
Durante a briga corporal, o segurança disparou dois tiros. Segundo informações do Condor, o cliente teria tentado pegar a arma do segurança e um dos tiros acertou de raspão o cliente, mas o outro atingiu Sandra de 25 anos no pescoço. Sandra foi rapidamente atendida, sendo até mesmo solicitado o helicóptero do BPMOA para socorre-la, mas infelizmente mesmo com todo atendimento realizado não foi possível salvar Sandra, que veio a óbito no local.
O principal acusado da ocorrência, foi o cliente Danir Garbossa, onde chegou a ser preso, mas hoje se encontra em prisão domiciliar.
A família pede justiça ao caso, “Faz um ano que ela foi assassinada e o réu ainda está solto então nos questionamos do por quê. Nossos filhos seguem abalados com a situação, mas na medida do possível tentamos seguir com a vida”, disse o marido de Sandra Marino Rodrigues Pereira.
A defesa de Danir também de pronunciou na data de ontem (28).
“Compartilhamos toda a dor da família, trata-se de uma infelicidade sem precedentes, uma ferida em aberto e uma perda irreparável. Nada, absolutamente nada, vai trazer a vida perdida e o sorriso daquela mulher.
Uma tragédia anunciada, um vigilante armado, no interior de um estabelecimento comercial e sem qualquer treinamento. Na primeira dificuldade encontrada, algo que qualquer pessoa capacitada resolveria, o despreparado vigilante escolheu fazer o uso de uma arma de fogo para conter uma pessoa descontrolada e, consequentemente, matou uma pessoa inocente.
As pessoas precisam cobrar o Ministério Público, por qual motivo o principal culpado, que matou uma pessoa inocente, não foi responsabilizado e continua trabalhando armado.
Não precisamos da proteção desse tipo de profissional. Não precisamos de uma empresa que não se solidariza com uma morte, que lava o local e abre no dia seguinte como se nada tivesse ocorrido.“
Fotos e texto: Rádio Plug
Depoimentos: Banda B