Os servidores do município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), vão entrar em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (15). A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (SISMMAR) e o Sindicato dos Funcionários Públicos de Araucária (SIFAR), no dia 4 de agosto.
Conforme explicam os sindicatos da categoria, o que os servidores reivindicam é diálogo com o prefeito Hissam Hussein Dehaini (sem partido), que estaria se negando a conversar com o funcionalismo a respeito dos Projetos de Lei (PLs) que tratam da reforma da previdência e da reforma administrativa, que tramitam na Câmara Municipal de Araucária desde o início do mês.
No total, 8 PLs foram enviados pelo prefeito aos vereadores do município sem negociações com os sindicatos. Entre as propostas, estão o aumento da idade para aposentadoria em 7 anos para as mulheres e em 5 anos para os homens, o fim do direito à licença-prêmio, triênio e quinquênio, taxação de aposentados que recebem acima de dois salários mínimos em até 19%, além da mudança no formato de gestão do Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA), responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões.
Atualmente, os próprios servidores são responsáveis por gerir e fiscalizar o Fundo de Previdência mediante eleições. Na proposta da Prefeitura, no entanto, o FPMA passaria a ser gerido e fiscalizado não mais pelo funcionalismo, mas por cargos comissionados nomeados pelo Executivo.
Conforme SISMMAR e SIFAR, a greve terá início às 8h, em frente à Prefeitura de Araucária, com caminhada até a Câmara Municipal a partir das 9h. Às 16h, ambos os sindicatos vão realizar uma assembleia com os funcionários públicos para decidir se seguem com o movimento grevista nos próximos dias.
Até o momento, a greve dos servidores de Araucária não foi considerada ilegal pela justiça. De acordo com o SISMMAR, que representa os professores do município, a adesão já é superior a 90%. O SIFAR, representante dos demais servidores, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, educadores infantis e guardas municipais, ainda não divulgou dados sobre a adesão.
As entidades informam que o Pronto Atendimento Infantil (PAI), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e UBS do Industrial na operação inverno não devem parar.
Assessoria Sindicato