Nesta quarta-feira (19), o prefeito Gustavo Botogoski convidou os representantes da FRM – Fábrica de Rolamentos e Mancais – para uma reunião com os secretários de Governo, Edison Coruja, de Finanças, Vinícius Lucyazyn, Urbanismo, Walter Voss, Obras Públicas, Bruno Martins dos Santos, Meio Ambiente, Tiago Mello, Trabalho e Emprego, Valdecir Batista dos Santos, e do Planejamento, Alberto Silva Jr., além do presidente da Cohab, Jaime Brum, e do procurador do município, Gelson Mezommo. O objetivo era destravar as licenças e alvarás pendentes, para que as obras da nova sede da empresa possam começar.
Entre 2021 e 2022, a empresa adquiriu três terrenos com acesso pela Rua Curió, que somam uma área de 43 mil m². A ideia é transferir a sede da companhia, que atualmente fica na Cidade Industrial de Curitiba, para Araucária. Em 2023 eles entraram com o processo de aprovação na Prefeitura, e desde então fizeram o projeto arquitetônico e estão trabalhando no desenvolvimento.
Com a mudança na administração municipal, algumas licenças e liberações acabaram emperrando. “Perdemos um pouco de tempo com a mudança de gestão, em relação ao EIV [Estudo de Impacto na Vizinhança] por exemplo, que depende de uma comissão que foi alterada”, comentou a gerente de operações e gestora do projeto da FRM, Rosana Miki Sato Kachel. “A segunda parte afetada foi no meio ambiente, de onde aguardamos a liberação do corte de árvores e a aprovação do PGRCC [Programa de Gestão de Resíduos da Construção Civil].”
Na reunião, ela ouviu do secretário de Finanças, Vinícius Lucyazyn, que a licença de instalação vai receber uma atenção especial da pasta, que pretende liberá-la na semana que vem. O EIV também deve sair até o dia 20 de março. “Se isso se confirmar, iniciaremos as obras assim que tivermos a liberação da terraplanagem”, adiantou a gestora.
Ela informou que a obra deve levar por volta de 18 meses, com início em março de 2025 e conclusão em setembro de 2026. “Calculamos mais uns 2 meses de mobilização, para trazer a fábrica até aqui e contratar o pessoal, o que faz com que a inauguração esteja prevista para novembro ou dezembro de 2026”, comentou. O investimento é estimado entre R$ 130 e R$ 140 milhões, a construção deve envolver cerca de 180 trabalhadores e, quando começar a funcionar, a empresa deve ter de 300 a 400 funcionários por turno na operação.
Rosana Sato Kachel saiu da reunião empolgada: “Ficamos bem surpresos, em primeiro lugar com o convite da Prefeitura. Eu mesma me surpreendi com a disponibilidade e a boa vontade de todas as secretarias envolvidas nessa reunião”, confessou. “Saio daqui bem confiante de que a nossa obra vai mesmo começar em março, e que daqui a um ano e meio estaremos abrindo as portas.”
Eficiência
O prefeito Gustavo Botogoski também ficou satisfeito: “Hoje nós mostramos aqui que Araucária acredita no setor produtivo e recebe o empresário disposto a investir na nossa cidade de braços abertos. Tanto que chamamos a diretoria da FRM para conversar com todos os secretários envolvidos, mais a Procuradoria, para verificarmos o que estava parado e o que precisamos agilizar para que a empresa possa obter rapidamente as licenças e autorizações necessárias e iniciar as obras”, resumiu. Ele reforçou que o mais importante é que a empresa “se instale rapidamente e gere emprego e renda, que fique bom para todo mundo, a cidade e a empresa”.
A instalação da FRM em Araucária também será uma boa oportunidade para os trabalhadores do município. “A empresa tem um setor próprio de qualificação de mão de obra, promove treinamentos, mas também colocamos a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) à disposição e vamos iniciar um projeto de qualificação por meio do Sistema S, que anda meio ausente da nossa cidade”, comentou o prefeito. “A expectativa da FRM é contratar pelo menos metade dos funcionários aqui em Araucária. Vamos treinar e qualificar a nossa mão de obra, disponibilizar esses cursos, para que no futuro eles possam contratar mais trabalhadores especializados aqui na cidade”, arrematou.
SMCS